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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Aquecimento Global

O Aquecimento Global ou a Mudança Climática podem ser efeitos notaveis e perceptíveis na vida cotidiana. 

Porém, se o Aquecimento Global ou as Mudanças Climáticas são um fenômeno natural ou provocado,  ainda existe uma dissidência e pequena discussão na comunidade científica. 

Creio que a nossa ciência climática atual ainda não é capaz de concluir suas hipóteses. 

E também acredito que nós não precisamos da conclusão positiva ou negativa sobre o antropismo para ter bons hábitos. 

Preservar deveria ser uma condição óbvia, mesmo se a causa do Aquecimento não for humana.


Ciência vive uma epidemia de estudos inúteis

Uma pesquisa recente publicada pela Nature revelou que 90% dos cientistas reconhecem que existe uma crise de reprodutibilidade na ciência. Isso se deve em parte porque a forma de se produzir conhecimento na atualidade mudou tanto que seria quase irreconhecível para os grandes gênios dos séculos passados. “Antes se analisavam os dados em estado bruto, os autores iam às Academias reproduzir suas experiências diante de todos, mas agora isso se perdeu porque os estudos são baseados em seis milhões de folhas de dados brutos”, diz Ioannidis. Uma de suas análises demonstrou que a maioria dos estudos não fornece acesso aos dados brutos nos quais as conclusões se basearam. No final, os cientistas “acreditam no que veem, mas não existe uma forma de comprovar que está certo, e além disso não podemos usar esses dados posteriormente porque se perderam”, ressalta. Essa falta de transparência é um “dos maiores desafios” enfrentados pela ciência, afirma o médico.

O manifesto também denuncia que só são publicados estudos com dados novos, significativos estatisticamente e que apoiam uma teoria determinada. Muitos deles não trazem nada de valioso e, ainda pior, acabam sustentando com a estatística interpretações preconcebidas que não são certas. “Isso, lamentavelmente, não é descoberta científica, mas autoengano”, e pode multiplicar a quantidade de “falsos positivos”, diz o texto.

Como a ciência do aquecimento global ficou comprometida

Conflito interno e fachada externa
O sociólogo Hans Peter Peters diz que as alianças são comuns em todas as áreas do mundo científico. "A comunicação interna em todos os grupos difere da fachada", diz Peters.

Weingart também acredita que o funcionamento interno de um grupo não deve ser julgado pelos critérios do mundo exterior. Afinal, a controvérsia é a própria base da ciência, e "a demarcação e o conflito pessoal são inevitáveis". Mesmo assim, ele diz que a medida em que os lados cresceram na pesquisa climática é certamente incomum.

Prova conclusiva é impossível
Weingart diz que as ramificações políticas apenas alimentaram a batalha entre os dois lados no debate sobre o aquecimento global. Ele acredita que quanto mais politizada é uma questão, mais profundas as divisões entre os lados opostos.

O grande escrutínio público tornou a vida extremamente difícil para os cientistas. Em 2 de maio de 2001, o paleoclimatologista Edward Cook, do Observatório Terrestre Lamont Doherty, queixou-se em um e-mail: "Esse negócio da mudança climática está tão politizado dos dois lados da questão que é difícil fazer ciência em um ambiente desapaixonado". A necessidade de resumir conclusões complexas para um relatório da ONU só parece ter exacerbado o problema. "Eu tentei duramente equilibrar as necessidades da ciência e do IPCC, que nem sempre eram as mesmas", escreveu Keith Briffa em 2007. O pesquisador Martin Claussen, do Max Planck, diz que um excesso de ênfase foi dado ao consenso, em uma tentativa de satisfazer as demandas dos políticos.

E até os cientistas nem sempre estão interessados apenas na verdade da questão. Weingart nota que a maior parte do debate público é "apenas superficialmente sobre esclarecimento". Ele é mais sobre "decidir e resolver conflitos através de um acordo social geral". É por isso que é útil apresentar conclusões claras.

O tempo para respostas claras terminou
No entanto, parece impossível oferecer provas conclusivas na pesquisa climática. O filósofo científico Silvio Funtovicz previu esse dilema no início de 1990. Ele descreveu a pesquisa climática como uma "ciência pós-normal". Devido à sua grande complexidade, ele disse que era submetida a grande incerteza, enquanto ao mesmo tempo abrigava enormes riscos.

Os especialistas, portanto, enfrentam um dilema: eles têm poucas oportunidades de dar o conselho certo. Se não soarem o alarme, serão acusados de não cumprir suas obrigações morais. No entanto, as previsões alarmistas são criticadas quando as mudanças previstas deixam de ocorrer rapidamente.

As conclusões climatológicas provavelmente permanecerão ambíguas mesmo que ocorram novos progressos. Weingart diz que agora cabe aos cientistas e à sociedade aprender a conviver com isso. Em particular, ele adverte, os políticos devem entender que não existem resultados claros. "Os políticos devem parar de escutar os cientistas que prometem respostas simples", diz Weingart.

A manifesto for reproducible science

1,500 scientists lift the lid on reproducibility

Public Availability of Published Research Data in High-Impact Journals

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