O Aquecimento Global ou a Mudança Climática podem ser efeitos notaveis e perceptíveis na vida cotidiana.
Porém, se o Aquecimento Global ou as Mudanças Climáticas são um fenômeno natural ou provocado, ainda existe uma dissidência e pequena discussão na comunidade científica.
Creio que a nossa ciência climática atual ainda não é capaz de concluir suas hipóteses.
E também acredito que nós não precisamos da conclusão positiva ou negativa sobre o antropismo para ter bons hábitos.
Preservar deveria ser uma condição óbvia, mesmo se a causa do Aquecimento não for humana.
Ciência
vive uma epidemia de estudos inúteis
Uma
pesquisa recente publicada pela Nature revelou que 90% dos cientistas
reconhecem que existe uma crise de reprodutibilidade na ciência. Isso se deve
em parte porque a forma de se produzir conhecimento na atualidade mudou tanto
que seria quase irreconhecível para os grandes gênios dos séculos passados.
“Antes se analisavam os dados em estado bruto, os autores iam às Academias
reproduzir suas experiências diante de todos, mas agora isso se perdeu porque
os estudos são baseados em seis milhões de folhas de dados brutos”, diz
Ioannidis. Uma de suas análises demonstrou que a maioria dos estudos não
fornece acesso aos dados brutos nos quais as conclusões se basearam. No final,
os cientistas “acreditam no que veem, mas não existe uma forma de comprovar que
está certo, e além disso não podemos usar esses dados posteriormente porque se
perderam”, ressalta. Essa falta de transparência é um “dos maiores desafios”
enfrentados pela ciência, afirma o médico.
O
manifesto também denuncia que só são publicados estudos com dados novos,
significativos estatisticamente e que apoiam uma teoria determinada. Muitos
deles não trazem nada de valioso e, ainda pior, acabam sustentando com a
estatística interpretações preconcebidas que não são certas. “Isso,
lamentavelmente, não é descoberta científica, mas autoengano”, e pode
multiplicar a quantidade de “falsos positivos”, diz o texto.
Como
a ciência do aquecimento global ficou comprometida
Conflito interno e fachada
externa
O sociólogo Hans
Peter Peters diz que as alianças são comuns em todas as áreas do mundo
científico. "A comunicação interna em todos os grupos difere da
fachada", diz Peters.
Weingart também
acredita que o funcionamento interno de um grupo não deve ser julgado pelos
critérios do mundo exterior. Afinal, a controvérsia é a própria base da
ciência, e "a demarcação e o conflito pessoal são inevitáveis". Mesmo
assim, ele diz que a medida em que os lados cresceram na pesquisa climática é
certamente incomum.
Prova conclusiva é
impossível
Weingart diz que
as ramificações políticas apenas alimentaram a batalha entre os dois lados no
debate sobre o aquecimento global. Ele acredita que quanto mais politizada é
uma questão, mais profundas as divisões entre os lados opostos.
O grande
escrutínio público tornou a vida extremamente difícil para os cientistas. Em 2
de maio de 2001, o paleoclimatologista Edward Cook, do Observatório Terrestre
Lamont Doherty, queixou-se em um e-mail: "Esse negócio da mudança
climática está tão politizado dos dois lados da questão que é difícil fazer
ciência em um ambiente desapaixonado". A necessidade de resumir conclusões
complexas para um relatório da ONU só parece ter exacerbado o problema.
"Eu tentei duramente equilibrar as necessidades da ciência e do IPCC, que
nem sempre eram as mesmas", escreveu Keith Briffa em 2007. O pesquisador
Martin Claussen, do Max Planck, diz que um excesso de ênfase foi dado ao
consenso, em uma tentativa de satisfazer as demandas dos políticos.
E até os
cientistas nem sempre estão interessados apenas na verdade da questão. Weingart
nota que a maior parte do debate público é "apenas superficialmente sobre
esclarecimento". Ele é mais sobre "decidir e resolver conflitos
através de um acordo social geral". É por isso que é útil apresentar
conclusões claras.
O tempo para respostas
claras terminou
No entanto,
parece impossível oferecer provas conclusivas na pesquisa climática. O filósofo
científico Silvio Funtovicz previu esse dilema no início de 1990. Ele descreveu
a pesquisa climática como uma "ciência pós-normal". Devido à sua
grande complexidade, ele disse que era submetida a grande incerteza, enquanto
ao mesmo tempo abrigava enormes riscos.
Os especialistas,
portanto, enfrentam um dilema: eles têm poucas oportunidades de dar o conselho
certo. Se não soarem o alarme, serão acusados de não cumprir suas obrigações
morais. No entanto, as previsões alarmistas são criticadas quando as mudanças
previstas deixam de ocorrer rapidamente.
As conclusões
climatológicas provavelmente permanecerão ambíguas mesmo que ocorram novos
progressos. Weingart diz que agora cabe aos cientistas e à sociedade aprender a
conviver com isso. Em particular, ele adverte, os políticos devem entender que
não existem resultados claros. "Os políticos devem parar de escutar os
cientistas que prometem respostas simples", diz Weingart.
A manifesto for reproducible
science
1,500 scientists lift the lid on
reproducibility
Public Availability of Published
Research Data in High-Impact Journals
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